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Plano de ação que promova e apoie a pastorícia europeia é necessário para enfrentar os desafios de sustentabilidade na UE e além fronteiras  

A UE deve apoiar a designação de 2026 como Ano Internacional das Pastagens Naturais e dos Pastores

O Comité das Regiões Europeu, a iniciativa Yolda , a Associação Europeia de Zonas Montanhosas (Euromontana) e o Grupo de Apoio Regional para a Europa do Ano Internacional das Pastagens Naturais e dos Pastores organizaram um seminário conjunto em linha, em 14 de junho, para sublinhar a necessidade de manter a pastorícia.

A pastorícia é uma prática consagrada de criação extensiva de gado em pastagens naturais, como montanhas, planícies secas, savanas, estepes e tundra. Esta forma de pecuária utiliza de forma económica as superfícies que não são adequadas para a agricultura mecanizada e/ou que são de acesso difícil.

Mais de metade da superfície terrestre está classificada como pastagem natural. Em média, 21% da superfície agrícola utilizada na UE-27 destina-se ao pastoreio extensivo, com percentagens especialmente elevadas em Portugal (59%), na Letónia (58%), na Estónia (55%) e na Suécia (52%). Durante a reunião, o Comité das Regiões Europeu reiterou o apelo à Comissão Europeia para que elabore um plano de ação que promova a pastorícia europeia e a apoie mais eficazmente.

Ulrika Landergren (SE-Renew), presidente da Comissão dos Recursos Naturais (NAT), declarou que «para o Comité das Regiões Europeu, a conservação da pastorícia é crucial para manter as zonas rurais vivas e contribuir para a coesão territorial, um valor fundamental da UE».

Juan Andrès Gutiérrez , presidente da Euromontana, sublinhou que «a conservação da pastorícia é essencial para alcançar os objetivos do Pacto Ecológico Europeu em matéria de proteção do ambiente, do clima e da biodiversidade. Os Estados-Membros devem adotar medidas suficientes e adequadas de apoio à pastorícia nos seus futuros planos estratégicos da PAC. Além disso, a UE deve elaborar um plano de ação em prol da pastorícia que confira aos pastores o apoio de que necessitam para enfrentarem eventuais ameaças».

Herbert Dorfmann (IT-PPE), deputado ao Parlamento Europeu e relator sobre a Estratégia do Prado ao Prato, afirmou que «no âmbito da nova PAC, foram elaborados planos relativos ao papel dos municípios e das regiões para possibilitar a pastorícia. Sem dúvida, um dos grandes desafios é o regresso dos grandes carnívoros. É essencial encontrar o equilíbrio entre a proteção dos lobos e a proteção dos animais herbívoros. Os parcos esforços para proteger estes animais revelam um desequilíbrio importante neste debate».

Rui Martinho , secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural e representante da Presidência portuguesa do Conselho, salientou que «a pastorícia é essencial para preservar a agricultura e a pecuária nas zonas desfavorecidas, contribuindo para manter o tecido rural vivo e, assim, para o objetivo de coesão territorial consagrado no Tratado de Lisboa. A pastorícia é também fundamental para alcançar os objetivos da UE de proteção do ambiente, do clima e da biodiversidade, constantes das Estratégias da UE do Prado ao Prato e da Biodiversidade até 2030».

A nível mundial, as Nações Unidas estão a ser incentivadas a designar oficialmente 2026 como Ano Internacional das Pastagens Naturais e dos Pastores, a fim de continuar a apoiar esses ecossistemas e meios de subsistência. A referida iniciativa é liderada pelo Governo da Mongólia e apoiada por uma coligação internacional de partes interessadas.

Maria Helena M. Q. Semedo , diretora-geral adjunta da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), declarou que «o Conselho da FAO aprovou a proposta do Governo da Mongólia de comemorar o Ano Internacional das Pastagens Naturais e dos Pastores em 2026, na medida em que a pastorícia contribui para vários dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas».

Engin Yılmaz , diretor da iniciativa Yolda, afirmou que «o Ano Internacional das Pastagens Naturais e dos Pastores visa dar a força e o impulso necessários para que se compreenda, a nível mundial, a importância das pastagens e da pastorícia para ecossistemas saudáveis, para a segurança alimentar em todo o mundo, para a adaptação às alterações climáticas e atenuação das mesmas e para as economias rurais».

«Um mundo moderno não pode relegar a questão das pastagens naturais e dos pastores», disse Mendsaikhan Zagdjav , ministro da Alimentação, Agricultura e Indústria Ligeira da Mongólia.

Durante a reunião, debateu-se a pastorícia em quatro mesas-redondas, que abordaram o contributo da pastorícia para a biodiversidade e para a luta contra as alterações climáticas; a segurança alimentar e a resiliência das comunidades rurais; o papel da pastorícia a nível internacional; e, ainda, as formas de elaborar um plano de ação da UE para a pastorícia e de apoiar o Ano Internacional em termos concretos.

Documentos da reunião

Programa do webinário: inglês , francês e espanhol .

Contacto:

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Tel. +32 (0)2 282 2289

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