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Lisboa – Capital Verde da Europa 2020  
A Capital Verde da Europa deste ano é Lisboa. O seu presidente da Câmara, Fernando Medina (PT-PSE), é membro do Comité das Regiões Europeu e pedimos-lhe que apresentasse algumas das realizações que colocaram Lisboa na vanguarda das cidades mais verdes da Europa – e dos melhores lugares para se viver.Lisboa é a décima primeira cidade da Europa a receber o prémio Capital Verde da Europa. Por que foi Lisboa selecionada e quais são os projetos sustentáveis de que mais se orgulha?A entrega do galardão a Lisboa constitui, por um lado, o reconhecimento do trabalho desenvolvido durante a última década no sentido de uma cidade mais verde e amiga das pessoas, visível em áreas como a estrutura verde, a mobilidade, o espaço público, a energia ou o ambiente, mas resulta sobretudo do compromisso com o futuro patente em diversos projetos e metas na área da sustentabilidade ambiental.Saliente-se que se trata da primeira capital do Sul da Europa a receber esta distinção e foi considerada pelo júri a que mais evoluiu em todos os parâmetros analisados. A esse nível destaca-se que as metas de descarbonização foram ultrapassadas (46% em 2016), a reciclagem ultrapassou os 34% e apenas 1% dos resíduos são encaminhados para aterro.Estiveram ainda em foco, entre outros, a requalificação do espaço público em zonas como o Cais do Sodré ou o Campo das Cebolas, o aumento da área verde em mais de 250 hectares desde 2008 (de um total de mais 350 hectares até 2021), a despoluição do Tejo, a construção de uma rede ciclável de mais de 90 km (de um total de 200 km até 2021), progressos significativos na redução das emissões dos transportes e promoção do seu uso com introdução de novos tarifários de 1 €/dia, com mais 63 milhões de viagens desde abril de 2019. A cidade fez ainda esforços na eficiência energética dos edifícios, a implementação total da tecnologia LED nos semáforos e a implementação de meios suaves de transporte, como a rede de bicicletas partilhadas GIRA.Lisboa foi a primeira capital europeia a assinar o Pacto de Autarcas para o Clima e Energia. Quais são os próximos projetos emblemáticos para fazer avançar a sustentabilidade em Lisboa?Entre os vários compromissos assumidos pela autarquia destacam-se:Atingir a neutralidade carbónica até 2050Conclusão de uma central fotovoltaica de 2 MW para abastecimento da frota elétrica da CarrisAtingir os 103 MW de produção de energia solar fotovoltaica oriunda de painéis solares instalados em toda a cidade até 2030 (1 MW/km2)Instalação de uma rede de distribuição de água reciclada a partir das estações de tratamento de águas residuais (Fábricas da Água) para reutilização nos sistemas de rega e lavagem de ruas, que entrará em funcionamento na sua totalidade em 2025Poupar 25 por cento de água potável através de um programa de eficiência hídrica nas vertentes de racionalização do consumo e reutilizaçãoImplementar o Plano Geral de Drenagem, que permitirá resolver problemas de escoamento das águas das chuvas e acautelar os efeitos das cheias e inundações decorrentes das alterações climáticasReforço e renovação da frota do transporte público (Carris), simplificação dos títulos de transporte e aposta na diminuição das deslocações de veículos automóveis ligeiros dentro da cidade. Inclui a aquisição de 410 novos autocarros de elevado desempenho ambiental até 2023 e a duplicação da frota de elétricos rápidosRedução das viagens em automóvel de 57 por cento para 33 por centoAlargamento da rede de bicicletas partilhadas a toda a cidadeTransformar a cidade numa «Cidade de Bairros» (qualquer pessoa, em qualquer lugar da cidade, pode aceder a pelo menos dois modos sustentáveis num raio de 500 metros)Promover a diminuição da produção de resíduos; aumentar a recolha seletiva; combater o uso do plástico descartável, eliminando a sua utilização em espaço público e combater o desperdício alimentar; promover uma verdadeira economia circular dos materiaisAté 2030 enviar para reciclagem metade dos resíduos recolhidosRedução da produção de resíduos per capita em 15 por centoImplementação em toda a cidade da recolha seletiva porta a porta dos biorresíduos (resíduos orgânicos)Quais são as principais atividades que a cidade de Lisboa organizará como Capital Verde 2020?No sábado, 11 de janeiro, decorre a cerimónia de abertura (programa anexo).É inaugurada uma exposição do Oceanário de Lisboa «ONE o Mar como nunca o sentiu», uma instalação da autoria da artista portuguesa Maya, que apresenta imagens filmadas exclusivamente no mar de Portugal e transmite uma mensagem profunda sobre a ligação ancestral do Homem com o Mar.A agenda de eventos (https://lisboagreencapital2020.com/categoria/eventos/) prevê a realização de exposições e importantes conferências internacionais, acolhidas pelos diversos parceiros da iniciativa, como o Museu Nacional de História Natural e da Ciência da Universidade de Lisboa, o Pavilhão do Conhecimento Ciência Viva, a Academia das Ciências, o Oceanário, o Museu da Eletricidade, o MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, a Fundação Calouste Gulbenkian, o Centro Cultural de Belém, instalações da EPAL e da Fábrica de Água em Alcântara, a Gare Marítima de Alcântara, entre muitos outros.Paralelamente, decorrem programas educativos para os alunos das escolas, do ensino básico ao universitário, e iniciativas que pretendem envolver diferentes públicos.Considera que a voz dos órgãos de poder local e regional é suficientemente ouvida na UE? Será o Comité das Regiões Europeu uma forma eficiente de canalizar as suas prioridades europeias?A voz das cidades tem que ser cada vez mais ouvida pois, como se sabe, metade da população mundial já vive em áreas urbanas. Além disso, estimativas apontam que, até o ano de 2050, mais de 70% da população mundial estará a viver em cidades. É, pois, aos centros urbanos que os grandes desafios ambientais se colocam e ganham dimensão. As alterações climáticas e os seus efeitos são globais, mas os problemas que podem estar na sua origem são locais e esses resolvem-se precisamente à escala urbana. Veja-se o caso da mobilidade, por exemplo. Em Lisboa, procuramos reduzir as emissões poluentes por via do incentivo ao uso do transporte público (numa perspetiva metropolitana, promovendo-se por isso a convergência dessa estratégia entre cidades vizinhas), bem como da sensibilização das populações para o uso de mobilidade partilhada e complementar. Em Lisboa, procuramos explicar às pessoas que é possível chegar ao sítio que pretendem não apenas nos seus carros particulares. Podem ir de autocarro, bicicleta, de comboio e trotineta ou simplesmente, a pé.Sendo o órgão europeu onde têm assento as cidades e as regiões, o Comité das Regiões tem, por isso mesmo, que ganhar cada vez mais importância no seio das instâncias comunitárias. Decisões futuras e sobre o futuro dos povos da Europa relativamente a diversas matérias e investimentos dizem respeito aos Estados-Membros, mas estes devem ter em conta cada vez mais quem está mais próximo do sentir e das necessidades dos cidadãos, precisamente, os seus representantes, os autarcas.Contexto: O Prémio Capital Verde da Europa (PCVE) é o resultado de uma iniciativa tomada por 15 cidades europeias (Taline, Helsínquia, Riga, Vílnius, Berlim, Varsóvia, Madrid, Liubliana, Praga, Viena, Kiel, Kotka, Dartford, Tartu e Glasgow) e a Associação dos Municípios da Estónia em 15 de maio de 2006, em Taline, Estónia. A visão verde foi traduzida num Memorando de Entendimento conjunto, que estabelece um prémio para reconhecer cidades que lideram o caminho com uma vida urbana amiga do ambiente. Para ler o memorando, clique aqui. A iniciativa foi lançada pela Comissão Europeia em 2008.​​Contactos: Andrew Gardner / andrew.gardner@cor.europa.eu  David Crous / david.crous@cor.eruopa.eu ​
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